21 julho 2008

Amor e casamento no cotidiano

A chave das chave

Convêm ler sobre à luz deste princípio básico:
o casamento deve ser cultivado! Como?
Com paciência, atenção e cuidados de um bom jardineiro. Como as plantas: não é possível conservá-las por muito tempo em um congelador. Como tudo o que é vivo, o amor ou cresce ou morre ou, no melhor dos casos, fica a ponto de mumificar-se.
“Conservar” o amor, simplesmente conservá-lo, é uma tarefa vã... Equivale a decretar a sua morte: ao vivo não se admite “conservação”; é preciso alimentá-lo para que atinja progressivamente todas as suas possibilidades.
Antes que se acabe Balzac escreveu:
“O casamento deve lutar sem trégua contra um monstro que a tudo devora: o costume”.

O seu inimigo mais insidioso é a rotina: perder o desejo da criatividade original; pois assim o amor acaba por esfriar e perecer.
Às vezes, trata-se de um processo lento, quase imperceptível no início, e cujas consequências só são percebidas quando a degradação é dada como irreparável, ainda que não o seja na realidade: como a planta que se deixou de regar e que durante certo tempo mantêm o seu viso, para logo em seguida, sem motivo imediato aparente, murchar de vez.
Soluções:
Cada noite, devem responder com um sim sincero às seguintes perguntas: hoje dediquei directamente um tempo, uns segundos ao menos, para ver como poderia fazer uma surpresa ou causar uma alegria concreta?
O carinho não se alimenta com a simples inércia ou com o correr dos anos: tem se ser alimentado com muitos pequenos gestos e atenções, com um sorriso e também com um pouco – ou com muito! - de inteligência: evitando o que se intui ou se sabe por experiência que desagrada o outro, ainda que seja em si mesmo uma bobagem e buscar, por outro lado, o que pode agradar.

Como lembra um autor norte-americano: “os casamentos felizes estão baseados em uma profunda amizade.
Os cônjuges se conhecem intimamente, conhecem os gostos, a personalidade, as esperanças e sonhos do outro. Mostram grande consideração um pelo outro e expressam o seu amor não só com grandes gestos, mas com pequenos detalhes quotidianos”.

Entretanto, nada se alcança sem esforço.
De acordo com a perspicaz comparação de Masson:
“o amor (sentimental) é uma harpa que sonha espontaneamente;
o casamento, um piano que não soa senão a força de pedalar”...
e o resultado deste pedalar é uma felicidade indescritível, que ninguém é capaz de imaginar... até que a prove.

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